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sexta-feira, 20 de março de 2009

Rasputin: "O Diabo Sagrado"


Em toda boa história existe a figura de um vilão, é ou não é? Mesmo que seja um mocinho que esteja temporariamente fora de si, o que não é o caso. Todos já devem ter ouvido falar de um dos maiores vilões da história, Rasputin.
Temido, odiado, pervertido, e ligado a forças ocultas, vixi, um vilão para leitor algum por defeito, aliás, um vilão cheiinho de defeitos.
Rasputin, foi retratado no desenho animado da Disney como um zumbi, que voltou do limbo para atormentar a sobrevivente princesa Anastácia, uma história que fascina as criançinhas. Mas a história real de Rasputin, é muito mais fascinante, principalmente para o público adulto.
Garoto pobre do interior da Rússia, cresceu em um ambiente de devoção religiosa, principalmente por estar próximo à capela onde diziam se encontrar os ossos de São Simão. Mas ele não era religioso, ao contrário, arruaceiro e briguento , apesar de ter fama de místico, se casou, teve três filhos , se separou e disse ter ouvido o canto de um anjo o que levou a abraçar a vida religiosa em uma seita chamada Khlysty (Flagelantes)
Apesar de ser quase analfabeto e beberrão conseguiu ser respeitado, talvez por sua fama de místico, galgando prestígio até chegar a capital russa, Petrogrado, atual São Petesburgo.
Lá chegando, passou a atender personalidades da corte, lhe Sendo atribuidas alguns pequenos milagres. Esse foi o seu portal de entrada no palácio real.
O princípe herdeiro do trono russo, Alexei Romanov, ainda criança, tinha hemolifia (o sangue não coagula), o que deixava a imperatriz Alexandra e toda a família real em constante estado de alerta. Em uma grave crise, Rasputin (que na verdade era um apelido que quer dizer:Rasputinik (Rasputin - equivalente à Pervertido, seu verdadeiro nome era: Grigori Yefimovich Novykhn), foi chamado e passou horas ajoelhado ao lado do leito do menino, falando em uma língua desconhecida, até que milagrosamente a crise passou.
A partir daí Rasputin passou a ter livre acesso na corte, era chamado de "amigo" pela imperatriz, e e passou a influenciar até na vida política da Rússia, principalmente quando o Imperador Nicolau II foi para a I Guerra, deixando o império nas mãos de Alexandra (numa bebedeira, Rasputin teria dito que quem governava a Rússia de verdade era ele, duvidam disso?). Por falar nisso, bebedeira e orgias era coisa pouca para nosso vilão, vivia tendo casos com as mulheres da corte,(as más línguas diziam que entre elas estava a própria imperatriz) mesmo sabendo de tudo isso, a família real fechava aos olhos aos "deslizes" do bruxo.
Esse tipo de comportamento, principalmente sua intromissão na política, despertou a fúria de muitos nobres, que resolveram dar um basta na situação. Foi convidado para um jantar em sua homenagem,
na casa do príncipe Félix Youssoupov que era casado com a sensual Irene Alexandrovna, uma das maiores beldades da corte e nada menos do que sobrinha de Nicolau II. Rasputin a viu certa vez na ópera e encantou-se. Para atrai-lo ao seu palácio, situado sobre o canal do Mojka, um dos diversos condutos que levava ao Rio Neva, em São Petersburgo, Youssoupov prometeu que a apresentaria ao iluminado. Um pouco antes, no entanto, levando-o ao porão, desejava propiciar-lhe alguns regalos. Nada daquilo pareceu estranho a Rasputin. Foram incontáveis as vezes que homens poderosos ofereceram-lhe as esposas em troca de benesses e cargos. Só que desta vez os seus doces favoritos que Youssoupov lhe ofereceu numa bandeja estavam encharcados de cianureto.
Depois de uma série de brindes com vinho também envenenado o bruxo arriou. Caiu sobre um sofá, resvalando para o chão. Youssoupov acreditando-o morto, comunicou o resultado aos conjurados que o aguardavam no andar de cima do palácio. Repentinamente ecoou um grito terrível. Era o próprio Youssoupov assustado ao deparar-se com Rasputin erguendo-se do chão onde o presumira morto. Havia nos doces veneno suficiente para abater um cavalo. Calculou-se depois que as quantidades colossais de bebida que ele ingeria regularmente neutralizaram em parte a ação da mortífera poção que lhe deram. Atendendo ao chamamento do príncipe, que chegou a disparar por duas vezes em Rasputin, Vladimir Purishkevitch, desceu com o revolver em punho e , de imediato, descarregou-o sobre o corpanzil de Rasputin, que naquela altura ensaiava uma fuga. Não antes, porém, de tentar esganar com suas poderosas mãos o pescoço de Youssoupov.
Amadores, os conjurados quando se desfizeram do corpo jogando-o num buraco feito na crosta enregelada do rio Neva, esqueceram-se de colocar-lhe uns pesos aos pés. Três dias depois, a polícia o encontrou, tinha morrido de frio. A czarina fez questão, na véspera do Natal, dia 24 de dezembro, de prestar-lhe uma homenagem fúnebre em completo segredo. Deram o óbito como morte acidental.

Dizem que a revolução e a execução de todos os remanescentes da dinastia Romanov, foi a última maldição de Rasputin... Mas isso é pra quem acredita em bruxaria brrrrrrrrrr...