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Foi dito por quase todas as “aspirantes” a Anastásia que a ajuda de um guarda compadecido a salvou dentre os corpos após notar que ela ainda estava viva que ela teria sido capaz de fugir. Estes rumores foram ajudados por relatórios posteriores de comboios e casas revistados por soldados Bolcheviques e pela polícia secreta, à procura de "Anastásia Romanova".
Estranhamente, também houve relatos de uma mulher que dizia ser filha do czar ser encontrada a pedir ajuda nas pequenas vilas à volta de Ekaterimburgo. Diz-se que ela alegava ter estado nas mãos de guardas que a tinham salvo após o massacre, mas que também a tinham espancado e violado. Pouco depois, diz-se que desapareceu.
Em 1991, corpos acreditados como sendo os da Família Imperial e os seus servos foram finalmente exumados de uma sepultura maciça que tinha sido descoberta nos bosques próximos a de Ekaterimburgo quase uma década antes – uma sepultura escondida pelos seus descobridores dos Bolcheviques que governavam a Rússia quando foi encontrada. Uma vez aberta, foi descoberto que em vez de onze conjuntos de restos (o czar Nicolau II, a czarina Alexandra, o czarevich Alexei, as quatro grã-duquesas, Olga, Tatiana, Maria e Anastásia, o médico de família, Eugene Botkin, o criado, Aleksei Trupp, o cozinheiro, Ivan Kharinotov e uma dama de companhia da imperatriz, Anna Demidova), a sepultura só tinha nove.
Alexei e, segundo o especialista forense Dr. William Maples, Anastásia, não estavam na sepultura da família. Contudo, cientistas Russos contestaram isto, alegando que a Grã-duquesa Maria Nikolaevna Romanova era a que não estava na sepultura. Em 1998, quando os corpos da Família Imperial foram enterrados, um corpo que media cerca de 1,70 m foi enterrado sob o nome de Anastásia, apesar do facto de Anastásia ser a mais baixa das Grã-duquesas. Alguns historiadores acreditam no relato da "Nota Yurovsky" que diz que dois dos corpos foram removidos da sepultura principal e queimados num lugar secreto para criar uma certa suspeita de que estes não eram os corpos do czar, família e empregados, caso fossem descobertos, visto que a contagem dos corpos não estaria correta. Contudo, alguns peritos forenses acreditam que a queima completa de dois corpos em tão curto espaço de tempo seria impossível. Em 2000, a família foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa. Em Agosto de 2007, o anúncio por um grupo de pesquisadores do achado dos restos mortais do czarevich Alexei e da Grã-duquesa Maria - as duas únicas vítimas oficialmente ainda desaparecidas - obrigou o governo russo a reabrir o processo. (Jornal O Globo, 1 de setembro de 2007, sábado, p. 43)
A possível sobrevivência de Anastásia foi um dos mistérios mais celebrados do século XX. Em 1922, à medida que se espalhava o rumor de que a Grã-duquesa sobrevivera, uma mulher que mais tarde se auto-denominou de Anna Anderson apareceu e alegou ser Anastásia. Ela criou uma controvérsia de uma vida e foi cabeçalho de jornais durante décadas, com alguns parentes sobreviventes a vê-la como Anastásia e outros a vê-la como uma impostora. A sua batalha por reconhecimento continua a ser o caso mais longo alguma vez feito nos tribunais alemães, onde o caso foi oficialmente feito.
A decisão final dos tribunais foi que enquanto não se podia provar que Anderson era de fato Anastásia, também não podia ser provado que ela não a era. Anderson morreu em 1984 e o seu corpo foi cremado. Após se terem feitos testes de ADN (DNA) numa amostra de tecido de Anderson, e se terem feito comparações com um descendente da Imperatriz Alexandra, os testes mostraram que Anna não era, de fato, Anastásia, mas muito provavelmente Franziska Schanzkowska, uma operária polaca (polonesa) que desaparecera por volta da mesma altura em que Anderson aparecera na Alemanha. Ainda assim, algumas pessoas questionam a validez das amostras testadas.
Outra “pretendente”, Eugenia Smith, apareceu em 1963, na altura da controvérsia Anastásia/Anna Anderson, mas a sua história tinha inconsistências e ela recusou mais testes.
Corpos encontrados
No entanto, em Agosto de 2007, um arqueólogo Russo anunciou a descoberta de dois esqueletos, em um sítio perto de Ekaterimburgo. Os arqueólogos disseram que a ossada são de um garoto que está mais ou menos entre 10 e 13 anos e de uma jovem mulher, entre 18 e 23 anos. Anastásia tinha 17 anos, sua irmã, Maria tinha 19 anos e seu irmão, Alexei estava a dois meses para completar 14 anos. As duas irmãs mais velhas de Anastásia, Olga e Tatiana, tinham 22 e 21 anos respectivamente. Junto com os restos dos dois corpos foram achados "fragmentos de um recipiente contendo ácido sulfúrico, unhas, tiras de uma caixa de madeira e balas de vários calibres".
Testes preliminares indicaram "uma alta probabilidade" que os restos fossem do Czarevich Alexei e de uma de suas irmãs. No dia 30 de abril de 2008, cientistas Forenses Russos anunciaram que os testes de DNA provaram que os achados se tratavam mesmo do Czarevich Alexei e da Grã Duquesa Maria.
FONTE: Wikipédia